mercredi 9 février 2011

A estranha e a flor







No ônibus,
entra a estranha sem rosto,
estende-me seu pranto


Nas minhas mãos: flor e troco
dou-lhe a flor,
surge o espanto

barulho do motor

a flor muda 
no olhar da estranha,
espreita a esperança

Além do troco,
o Amor.



Nas palavras Juliana, a estranha e a flor
(Fato real, janeiro de 2011, Rio de Janeiro)

Carta ao Neruda



Neruda,
"O que a bicicleta abandonada fez com sua liberdade?"
foi nossa primeira conversa, lembra?


Hoje, te respondo,

a bicicleta abandonada
da sua liberdade,
fez-se pássaro,
esse de canto
ao fundo da sua memória


Agora, me diz:
Eram as beterrabas antigos meteoros?




Beijos, Juliana ^ ^

jeudi 3 février 2011

Fevereiro


  Fevereiro-de-longas-pernas:
                                              um passo,
                                                                passa,
                                                                           Março.