mardi 22 juillet 2014

Raízes



Quero deitar-me na certeza
dos teus olhos.

Quero deitar-me em tua boca,
abrir teus sonhos.

Quero ser um cheiro da memória
a acordar teu corpo na manhã do agora
cordas de sol  desafinam a espera
ergue teu beijo em meu corpo
flores que nunca foram nossas

A saia se agita nas mãos do vento
os fios se deitam entre azuis
Tuas palavras de silêncio apressam
aquilo que não sabemos dizer.






samedi 12 juillet 2014

Azulejando


Azulejando...

O beijo



O beijo...

Vestígios de um amor....



Vestígios de um amor...

Cavalos-marinhos...




Cavalos-marinhos...

"E o vento vai levando tudo embora..."

Choro, 
nem sei porque choro
apenas sinto!
Sinto como se fosse explodir
meu peito
vermelhos
 preciso sempre sempre sempre me abafar
Nunca posso apenas ser! Apenas sentir! Apenas sentir e explodir como meu coração pede para que seja! Entrega!
Esse silêncio ao meu redor...a solidão  não responde meu olhar
 os sonhos que lhe entrego....a olho como quem acredita que pode me abraçar,
mas seu abraço sufoca!
Mesmo assim, permaneço em seus braços...
e me desfaço,
mais uma vez!
Areia,
Grão,
Poeira,
Ilusão de ser!
Não consigo me adequar ao ritmo do mundo: eu sinto! 
E esse todo descompassa meu olhar ávido de cores! Ávido de cheiros, como Alberto Caeiro me ensinou... O meu olhar aprende a desinvenção dos sonhos que teço... para não sufocar:
sou Mar em busca de Pouso.






12 de julho

Na janela, minha pássara está inquieta, olhando de um lado pra outro, e não me conta o que é. Como eu queria abrir seus medos e enfeitá-los de sonhos calmos, enfeitá-los do meu afeto.