Ensaio a cena
beijo de papel
Mas você me arranca,
rápido, do quadro,
risca a tinta
me borra
grita
Rio alto
abro calmo
meu caderno,
palco-cena
Escolho o rosto
E salto
samedi 11 mars 2017
mardi 7 mars 2017
Roteiros, roteiros, roteiros...
3 de fevereiro, noite
Festa na vila antiga
pintada à canetinha
um vapor místico:
centro da praça.
A multidão agitada.
Augusto me escapa.
A cigana me encara.
Augusto me escapa.
A cigana me encara.
"Escolha o seu cristal, criança. Sente aqui.",
Caixas de feira, o banco e a mesa.
Tenho agora uma família de três cabeças.
"Azurita. Abalone. Haulita. Malaquita. Turmalina",
a maga dizia, eu repetia, de forma instintiva.
"Escolha seu cristal, criança.", a cena se repetia.
Na porta, Augusto fuma.
"Quantas noites a noite tem?"
"Quantas noites a noite tem?"
Minhas mãos pensam o cristal. Ele levita.
A cigana enseria "você é uma de nós.", não lembro mais.
Olho rápido o cenário atrás...
A praça tomada de mulheres-bruxas presas
prestes a queimar. Breu
Augusto em surto, outra vez.
prestes a queimar. Breu
Augusto em surto, outra vez.
Uma voz delas canta "Juliana"
Aquela voz ímã, vinha, vinha, repetia.
Apenas eu ouvia. Faísca.
Os monstros marinhos riam
a balançar seus rabos tatuados.
Os monstros marinhos riam
a balançar seus rabos tatuados.
Augusto me escapa mais.
Incêndio na casa da infância
"Falta pouco para eu nascer?"
Incêndio na casa da infância
"Falta pouco para eu nascer?"
A tinta vaza. Aqui, papel de mim.
Enquanto os monstros marinhos diziam
vontade de tirar fotos.
Inscription à :
Articles (Atom)