mercredi 18 mai 2016
Na última vez que morri
Na última vez que morri,
semana passada,
afogada numa poça d'água
aguada de mar pelo medo
[o medo faz chover nas cores
as borra de às vezes, quase sempre.]
Mas, ao abrir os olhos,
na ponta do pincel,
conduzia a palavramar
antes a arrastar meu corpo
O pincel abria a bolha
d'água a clarear
manchas da palavra mar
a secar, a nascer poça
[como morri numa poça?]
Hoje, o dia estava chuvoso
Caminhei pelas ladeiras
com roupas que nunca uso
A estrangeira recém-nascida
me contou um pensamento outro
E disse que era meu,
disse que era eu.
Ficamos nos olhando por um tempo.
Acho que a morte deforma [um pouco] nossos rostos.
Inscription à :
Publier les commentaires (Atom)
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire