num gozo de vaga-lumes do mar,
a lua tontalontra, meio balão, tombou pra
dentro de mim, trocamos,enfim, de lugar:
apareci redonda relâmpada, plena de luz,
o escuro me acariciava com palavras azuis,
vinho para a saudade adormecer...
Do alto, o mar parecia o céu de Chagall,
os peixes como estrelas móveis entre
nosso segredo guardado pelo roxo.
Teu rosto estava em tantos outros,
difuso, outra vez, a vontade bruta
ilusionava teu verde em ondaslongas,
pisca-piscavam, pisca-piscavam,
é você?
Meus grandes olhos amar-elos de lua
pousados no banco da flauta, sozinhos,
ah, o incêndio da espera sem esperanças
abre meu corpo lunar em súbita manhã,
as labaredas ensaiam fogos de artifícios
no beijo inventado que no Nunca te dei.
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