Os
primeiros beijos de novembro na varanda do primeiro capítulo.
mardi 8 novembre 2016
mercredi 2 novembre 2016
Linha Vermelha
A Cidade Nova, às quase vinte horas, queimava esperas. As pessoas se amontoavam, amontoavam, a calçada encolhida no cinza, é assim que a ansiedade escreve? Algumas moedas na bolsa velha, entre garrafa d'água e a carteira, me fazem musical, oscilo de um lado para o fundo dos degraus da escada desta estação do quase nada, formas do início ou breu, você na Central.
Consegui pegar o Bancários
linha vermelha
Seu irmão melhorou?
Eu vou descer na Cidade Nova
daqui a pouco
Melhorou
Poxa
Cidade Nova você podia pegar o
321
Só me esperar
É? Já passou?
Falta pouco
Estou chegando Central
Está cheio?
Tem lugar ao meu lado
Estou logo atrás da roleta
Qual?
Bancários
321
Estou atrás da roleta mochila
na frente da grande barba
Torcendo para te ver
Estou depois Central
Avisto o 321- Bancários, passo a roleta, testo rostos na memória para ver se algum encaixa no esboço teu. Na poltrona atrás da roleta, não há mochila ou tua grande barba. Faço sinal para descer, emergência, a sirene toca agulhangustia. Ônibus trocados, caminhos bifurcados.
Cadê você?
Entrei
Ih, já era
Entrou errado
Porque ainda não cheguei
Eu entrei no 321 Bancários
Vou descer
Te espero no ainda do último ponto, antes da linha vermelha, linha de sangue onde começa o amor, talvez. O escuro do instante brilha súbito, o incêndio na rua, no beco, no meio do agora. 321- Bancários, onde?
Chegou Cidade Nova
Estou mão pra fora
Mas onde você está?
Ele já vai virar
Fica de olho
Perto da polícia
Vai passar
Faz sinal
Estou no ponto
Você, Cidade Nova, diz acenar da janela; eu, Estação Oposta, verifico os ônibus às pressas. Nossa primeira fotografia sépia, futuro do pretérito. Seria
Consegui pegar o Bancários
linha vermelha
Seu irmão melhorou?
Eu vou descer na Cidade Nova
daqui a pouco
Melhorou
Poxa
Cidade Nova você podia pegar o
321
Só me esperar
É? Já passou?
Falta pouco
Estou chegando Central
Está cheio?
Tem lugar ao meu lado
Estou logo atrás da roleta
Qual?
Bancários
321
Estou atrás da roleta mochila
na frente da grande barba
Torcendo para te ver
Estou depois Central
Avisto o 321- Bancários, passo a roleta, testo rostos na memória para ver se algum encaixa no esboço teu. Na poltrona atrás da roleta, não há mochila ou tua grande barba. Faço sinal para descer, emergência, a sirene toca agulhangustia. Ônibus trocados, caminhos bifurcados.
Cadê você?
Entrei
Ih, já era
Entrou errado
Porque ainda não cheguei
Eu entrei no 321 Bancários
Vou descer
Te espero no ainda do último ponto, antes da linha vermelha, linha de sangue onde começa o amor, talvez. O escuro do instante brilha súbito, o incêndio na rua, no beco, no meio do agora. 321- Bancários, onde?
Chegou Cidade Nova
Estou mão pra fora
Mas onde você está?
Ele já vai virar
Fica de olho
Perto da polícia
Vai passar
Faz sinal
Estou no ponto
Você, Cidade Nova, diz acenar da janela; eu, Estação Oposta, verifico os ônibus às pressas. Nossa primeira fotografia sépia, futuro do pretérito. Seria
Os caminhos retos, sem conjunções.
A bateria do instante apagou o depois.
A bateria do instante apagou o depois.
Inscription à :
Articles (Atom)