jeudi 26 mars 2009




Cotidiano

A menina se balança na rede da varanda:
pêndulo do tempo suspenso no agora.
Encerrada entre papéis, uma borboleta morta:
sepulcro da metamorfose.
Flutuo como o que subitamente tomba.
A luz morna da finitude do sol percorre o canto dos meus lábios
como um beijo antes da morte do hoje.
o castanho-multidão que me despe da existência física
e me dissolve em poesia

Juliana Gelmini



(fotografia: Juliana Gelmini)

2 commentaires:

  1. Lindo o que você escreveu.Eu lembro de vc ter falado sobre isso comigo mas escrito realmente ficou lindo.Você fala de mim mas as palavras também transpiram em ti de uma forma muito bonita.Mas também não poderia ser de outra maneira,a gente tem uma ligação muito parecida com as emoções enfim.
    Porque na sua existência eu não me sinto só,porque quando lembro que você existe vejo a minha própria existência sendo reafirmada.E,diante do teu olhar isso vira fogo,carinho,paixão,VERDADE.

    Aquilo que não podemos controlar...~~

    Eu amo você.

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  2. Comecei a ler pelo começo e já esbarro no seu passado :D
    Adoro aquela sensação de que tenho uma estrada inteira pela frente, primeira página de um livro.

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