
Amor,
você desmancha tudo o que existe
Como um sopro que estremece e
desfaz as linhas do mundo
a cada abrir de olhos teus.
Enquanto respiras, tudo se deita em silêncio...
há pássaros de canto dentro de tuas retinas...
cantam tanto
percebo que não posso ignorar a existência deles.
Se ninguém os vê é porque não podem
te amar como eu amei.
Quando vi, o rio já me cortava...
inundada de pó vermelho:
uma vermelhidão que se expandia em minha boca e ventre
eu urgia para que devorasse:
corpo e coração meu,
eram teus no ontem...
o ontem que habita a perenidade.
Juliana Gelmini (janeiro de 2009)
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