De repente, se abre e espicha.
Com chuva, canta: uma gota se lança, plim!
Outra gota acrobata salta, escorre em seu corpo
e se espalha num transparente borrão que o chão acolhe na palma da mão, pequena poça.
A chuva cansa.
O guarda-chuva,então, se encolhe, novamente, criança e espera o tempo das gotas no seu corpo metal- pano.
A madrugada, certa vez, despertou meu guarda-chuva:
- Duvido! - declarou meu guardador de chuva.
Tremi, sem encarar seus olhos redondos.
- Duvida?? - insistiu em tom rouco
- Do que??- respondi ainda com sono.
- Duvida que... fechado, sou infância, e encolhido fico eu e meu corpo até que, em dias chuvosos, o tempo me abra em outro... Assim, quando quero, sou criança e, quando enjôo, chuvisco, e aberto, já adulto, espreguiço.
Sorri,
"Um dia,quero acordar, assim, guarda-chuva."
E olhando seus olhos de pano, arrisquei:
- Me ensina?!
Juliana Gelmini
rá. gostei!
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