Augusto, a ficção não sabe nos fotografar.
A angústia toca fora da
moldura
Teu vômito não suja
Teu pensar ancora
Edição: a ficção retoca
um dos planos (nossos)
de fundo posto em zoom
pelo pânico dos detalhes
problemas de tradução
domesticados pela ilusão
pinta-se o fundo todo de branco
papel de parede importado
somem as enormes caixas
de remédios em traje-preto
O medo prende com grilhões de alcaçuz,
RépondreSupprimerO balão que cheio de gás aguarda o seu lançar,
Tic-Tac, o tempo toma um chá,
Sentado em uma cadeira de rimas,
Com cubos de sonhos doces a se dissolverem,
No fundo da xícara, seus olhos, cheios de luz,
Encarando-me, tão intenso, que eu perdi a poesia,
Tomo duas pílulas, e volto ao meu dia,
Um vazio caminhar.
Te desejo um ótimo final de semana.
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