vendredi 26 mars 2010

Era uma vez de vaga-lumes


Uma menina nasceu do pó da gelatina que se entornou sozinho. O pó tinha tanto brilho que cada ponto parecia caber dentro um vaga-lume. Quando ficou pronto, entre o vapor e a água fria, nadaram todos os vaga-lumes, desenformando uma menina. Uma vez, ao piscar, um deles soltou-se.
-eu sabia! - disse o livre vaga-lume.
A menina se assustou com a certeza do bicho, já acostumada que vaga-lume fala porque até prosavam de madrugada e a menina sempre lhe contava dos eclipses de pupilas que eram de luz mas o vaga-lume, sempre ocupado com o nada, não ouvia. Até que numa hora letra ela lhe contou:
- você sabia que nada é o partício passado do verbo nascer? - disse a menina
e desde então,do nada nasce tudo o que respira,
foi primeira vez que o vaga-lume ouviu a menina.



Juliana Gelmini
(para Isabela)

fotografia: autor desconhecido

2 commentaires:

  1. E do nada nasce tudo o que realmente importa...
    Tantas imagens e cores por aqui. Lindo, lindo!

    Obrigada, Flor, pelos afagos lá na minha abundante-mente. Venha, vá e volte sempre!

    Beijomeupravocê

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  2. Magnifico menina, na realidade todos!

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