lundi 26 mai 2014

ossos antigos de palavras

No ventre da noite,
adormeço.

Ossos antigos de palavras
olham
não entre, caminho, teu.

Tocam sinos, sós
o azul abre meus olhos

Cortinas que não existem,
enfeitadas de ausência,
ventam.

Mas meus fios,
minhas cordas,
permanecem imóveis


Teu poente em meus lábios
me afunda em pássaros

mas "o céu é grande!",
você diz.

O silêncio sangra
azul.






Palavras e desenho de uma noite de maio adormecido.

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