mardi 8 septembre 2015

Limerência



Não consigo levar a vida leve
do protocolo social: boates, ficadas, encontros casuais...
Quero raízes, afunda minhas mãos na certeza das suas!
Quero histórias enfeitadas de palavras trocadas, cartas,
Olhar com montanha, balanço e vento por dentro?
 Por que me sinto assim molhada de sonhos?
brilhando de azul, azul, da rosa azul?
Fios espalhados entre dedos que ainda não existem.

Você ainda pode me ouvir?
Por que mudou a música?
Me balanço no balanço dentro dos teus olhos,
daqui, parece que ouço um trem,
 ele vem, vem, vem, cada vez mais forte
 passar por cima do meu corpo nu, entregue...
Eu sei, nada sobrará.

Caminho na ponte de dentro dos teus olhos,
 vendada,
 não sei quais os caminhos percorro,
 ouço tua voz com trechos de uma história de lobo,
a espera e seu cheiro de pipoca em dia chuvoso,
 algum botão meu fica mais forte,
 mas o desabrocho  com palavras retas,
quando minha alma gira secretamente em espiral,
repleta de pequenas borboletas azuis
com  palavras nas pontas das asas...
voo

2 commentaires: