dimanche 30 mai 2010

canto

Queria fechar os olhos,
ver crescer o escuro, o mar invandindo as frestas,
o espanto do Tudo pintado de água
até eu mesma estar debaixo dela
nadar no vazio de existir
apenas
nadar no vazio de existir,
nua
ao lado da minha criança
sem verso, rima, ponto final ou intenção
apenas fluxo que escorre na busca atropelada do dia
que não acorde empurrado de carros e atrasos,
pilhas que não funcionam, plásticos abandonados...

Mas por canto que traga vida, 
e, assim, dela, eu asfixie.


Juliana

Aucun commentaire:

Enregistrer un commentaire